quarta-feira, 30 de junho de 2010

Sofrer, pra quê?

Um assunto que me instiga demais é o sofrimento. O sofrimento é uma coisa que eu não entendo, não concordo, mas não consigo evitar. Se eu seguisse as coisas nas quais acredito, não haveria razão para sofrer. Não que eu acredite somente em destino, no "estava escrito" e,  por isso, pense que devemos nos conformar com tudo o que acontece conosco. Eu acredito no livre-arbítrio. Acredito em reencarnação, acredito que estamos aqui para aprender com os erros do passado, resgatar laços, evoluir. Sendo assim, tudo o que acontece comigo é consequência da lei de causa e efeito, uma lei muito justa, penso eu.

Penso também que Deus é muito justo e que estamos no lugar e na posição que merecemos e precisamos. Uma vez uma tia me disse que "quem tem fé não tem medo". Disse que dormia tranquila enquanto as filhas saíam à noite. Não ficava morrendo de preocupação, ligando no celular e de prontidão na sala esperando elas chegarem, igual muitas mães que eu conheço. Disse que sua fé é maior que isso, que sabe que Deus não deixaria acontecer nada que não fosse justo, que se algo de ruim acontecer é porque ela precisava passar por aquilo e que teria forças para suportar com resignação. Daí fiquei questionando a minha fé. Acredito em Deus acima de todas as coisas, na sua justiça e no "as coisas acontecem porque têm que acontecer". Concordo em gênero número e grau com o que essa tia disse mas, mesmo assim, não consigo controlar minha preocupação exagerada e minha mania de sofrer por antecedência. Aí entrei em crise: meu Deus, se eu não consigo aplicar isso na minha vida, é porque minha fé não é verdadeira!

Esse assunto voltou à tona em minha mente ontem, depois de ler na revista Veja uma entrevista com um guru indiano aí, febre entre famosos. Quando questionado sobre o sofrimento, ele disse simplesmente que não sofria. Disse que, se algo não saía de acordo com suas expectativas, ele simplesmente mudava suas expectativas. Achei isso sensacional.

E você, o que pensa sobre o sofrimento?

domingo, 27 de junho de 2010

Dorme, neném

Meu filho, quando você tiver horário certo pra acordar, precisar virar a noite trabalhando, quando você voltar do almoco e tiver que encarar o computador, rezando para não cochilar na frente do chefe...

Quando você acordar de madrugada com insônia, pensando nos problemas que terá que resolver no dia seguinte...

Ah, meu filho, você vai se lembrar desse tempo onde bastaria você deitar no bercinho, fechar os olhinhos e deixar o Morfeu vir te carregar! E aí sim, você também vai se perguntar: pra quê chorar, gritar, espernear?? :S

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Um anjo em minha vida

Eu tenho um anjo, ou melhor, um Angelo, na minha vida. Gordinho, loirinho e de olhos azuis, como todo anjo deve ser. Um amigo tão amigo, mas tão amigo, que acabou virando tio.Tinha que ter um título, para ser mais fácil de explicar pras pessoas. E até que a gente se parece um pouquinho...

Esse tio, que atende também pelo nome de Big Angel, Big Mountain e Bigzinho (quando quero fazer um charminho) trabalhava com a minha mãe e fez papel de pai quando ela resolveu partir. Foi minha mãe "de barba", como eu sempre gostei de dizer. O roqueiro beatlemaníaco mais careta que eu conheco. Sistemático, ou melhor, sisteimoso (sistemático + teimoso), segundo sua própria definicão.

Ele cuidou de mim, fez companhia, chorou minha perda, vibrou com meus sucessos, me fez acreditar em mim quando nem em Deus eu conseguia mais acreditar.

Os amigos são a família que a gente, gracas a Deus, pode escolher. Anjos existem e às vezes estão mais perto do que podemos imaginar.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Coisas que aprendi depois de ser mãe

Aprendi que amor de mãe é algo inimaginável, indescritível e muito maior do que tudo aquilo que as pessoas dizem pra gente.

Aprendi que sou muito mais metódica e certinha do que imaginava.

Aprendi que, apesar desse lado metódica, flexibilidade é uma característica imprenscindível para uma mãe.

Aprendi a aproveitar e otimizar meu tempo, o que se torna muito necessário, já que agora ele é bem mais escasso.

Aprendi a contabilizar qualquer valor monetário em fraldas.

Aprendi a contar o tempo de 3 em 3 horas.


Aprendi a gostar e virei fã de carteirinha da Xuxa, dos Backyardigans e da Galinha Pintadinha. Aliás, rezo todos os dias pra Deus abençoar quem criou esses DVD´s. Santo sossego!

Aprendi que um bebê é muito menos frágil do que eu imaginava.

Aprendi que recém nascidos se encaixam no colo da mãe e do pai perfeitamente, igual dedo no nariz. Agora, vai tentar pegar no colo outro bebê com dias de vida... eu fico completamente atrapalhada!

Aprendi que o sono do bebê é SEMPRE inversamente proporcional ao sono da mãe.

Aprendi que a vitamina S, de sujeira, é algo inevitável. De que adianta ficar fervendo chupetas e brinquedinhos se, quando você menos esperar, aquele biscoito de polvilho solitário, esquecido embaixo do sofá há dias, vai descer guela abaixo pela carinha mais sapeca, com a boca mais boa do mundo.

Aprendi que não precisa mais do que um sorriso, uma gracinha, um beijo e um abraco gostoso pra fazer a gente acreditar que é a pessoa mais feliz e sortuda desse mundo.

Arrume um filho. Eu recomendo!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Eu me emociono

Eu me emociono em casamentos. Duas pessoas e a promessa de uma vida feliz, com a construção de uma família (e família é sempre uma coisa sagrada). Uma vontade arrebatadora e talvez um pouco ingênua, de viver uma felicidade plena, constante. Uma promessa que um dia irá esbarrar na rotina, nas contas para pagar, na divergência de opiniões em relação aos filhos.

Eu me emociono quando falo das pessoas que eu amo, quando conto realizações minhas ou qualquer outra coisa que me faça ficar feliz. Sorrio aqueles sorrisos que a gente dá com a alma e que fazem os olhos encherem de lágrimas. Sim, eu fico um pouco constrangida quando isso acontece.

Eu me emociono quando vejo grávidas, bebês, partos em novela e cia. Depois que virei mãe, qualquer coisa relacionada a isso me emociona demais. Quando minha mãe era viva e eu era pequena, ria quando ela chorava assistindo um parto na tv e fazia cara de nojo para aquela coisinha toda suja de sangue. Hoje consigo entender perfeitamente o que ela sentia e fico triste por não poder compartilhar isso com ela.

Ontem eu me emocionei no batizado da afilhadinha do meu marido, Maria Fernanda, minha afilhada de tabela e coração. Me emocionei e pedi pra Deus enchê-la de bênçãos e colocar somente pessoas especiais em seu caminho.

Sim, eu me emociono!

sábado, 12 de junho de 2010

Que bagunça é essa??


Bagunça no armário, na sala, na pia da cozinha. Bagunça de idéias, sentimentos e emoções. Uma bagunça que virou companheira, entrou na rotina e resolveu tomar forma nesse blog. Minha vida é uma bagunca: de horários, compromissos, de gavetas desarrumadas, papéis perdidos, brinquedos e mamadeiras espalhados pelo chão. Bagunça de gente que entra, de gente que sai e não tem idéia da confusão que criou por causa disso.

Hora de arrumar as gavetas! Não sei dizer ao certo porque criei esse blog, só sei que essa vontade existia há muito mas, quem disse que a bagun
ça de horários e a correria deixavam? Fazer o que se gosta, exercitar algo que dá prazer é hoje, para mim, coisa rara. Vida de mãe, trabalhadora e dona de casa frustrada não é fácil. Mesmo assim, decidi arriscar. Quem sabe escrevendo a gente não consegue se entender, colocar as coisas no lugar? Pelo menos a gente distrai um tiquinho e não emburrece :)

Seja bem vindo a essa bagunça!!